Ei mãe. Agora que caiu a ficha. É mãe, 18. 18! Mamãe, avisa pro pai que a menininha dele tá crescendo.
Doei sangue, mãe. Acredita?
É, eu que morro de medo de agulha, consegui fazer a doação. Não consigo acreditar também.
Tô com vontade, mãe. Vontade de viver, de conhecer, de amar.
Quero viajar, quero ir pra longe, quem sabe um outro estado, conhecer alguém que me desperte interesse. Sentir meu rosto corando quando pegam na minha mão, sentir um frio na barriga quando estiver prestes a ser beijada, ficar deitada abraçadinha conversando baixinho durante horas.
Apaixonar?
Acho que ainda não. Ver estrelas me basta.
E de olhos fechados.
24 de junho de 2011
24 de maio de 2011
Reflexão das 23 horas
Devia ser das 12 horas. Ou das 10, mas isso não importa tanto agora.
Não entendo dessas coisas que eu devo acreditar. Ações, cadê vocês?
Canta para mim qualquer coisa assim sobre você.
Se pudesse, me olharia com o canto do olho, sem falar nada, sentando-se cada dia mais perto?
A resposta fundamental agora não é 42.
Minhas pernas, meu salto e minha blusa molhada agora não são nada. Vai me pedir em casamento agora ou mais tarde?
Não entendo dessas coisas que eu devo acreditar. Ações, cadê vocês?
Canta para mim qualquer coisa assim sobre você.
Se pudesse, me olharia com o canto do olho, sem falar nada, sentando-se cada dia mais perto?
A resposta fundamental agora não é 42.
Minhas pernas, meu salto e minha blusa molhada agora não são nada. Vai me pedir em casamento agora ou mais tarde?

